quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"BASTARDOS INGLÓRIOS"

Este filme de Quentin Tarantino é uma obra de arte, com Brand Pitt e um grande elenco, tudo é surpresa, formula especial do diretor, a seguir me permiti tirar um comentário escrito por Rod Carvalho em seu blog para homenagear quem escrevia porque foi muito feliz e eu assino em baixo:
Para ser fã de Tarantino você não precisa ser sarcástico, satírico ou, muito menos, louco. Basta gostar de cinema. E cinema dos bons. Os adjetivos nós deixamos para ele. Para esse ex atendente de locadora que ganhou status de mestre ao lançar Pulp Fiction – para muitos esse título já era dele por direito desde de Cães de Aluguel-, seu projeto dos sonhos, cuja hibernação durou dez anos e finalmente chega as telas, é um belo tapa de luva de pelica naqueles que sempre duvidaram de sua sanidade mental e seu dom de entreter até os mais céticos e conservadores. Quem sabe, sabe.

Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds) é o ápice de uma justa consagração. Uma visão da segunda guerra mundial nunca vista antes. Algo que só poderia ter saído da mente de uma pessoa realmente louca. Louca pela sétima arte.

A saga de uma turma de soldados judeus americanos – os tais “bastardos” - que organiza pequenos e brutais atos de vingança contra os nazistas que encontram pelo caminho, é um dos cernes da trama. Paralelamente a eles, uma camponesa testemunha o extermínio de sua família, mas consegue fugir para Paris, forja uma nova identidade e vira dona de um cinema. O elo que junta as duas histórias, fora alguns personagens que transitam por ambas, é o desejo de vingança. Essa é a força motora de todo o longa. E, podemos dizer também, do seu diretor aos seus queridos críticos detratores. U-há!

Com mais de duas horas de duração, Tarantino, como de costume, não poupa na violência, mas, em contra ponto, coloca diálogos hilários e inteligentes na boca de cada ator como se fosse um delicioso doce a ser degustado após seu grito de ação. Brad Pitt, como o líder dos “bastardos”, está sensacional. Satiricamente fanfarrão, seu Aldo Raine e sua turma são a mistura de clássicos heróis de guerra, como os famosos soldados de Os Doze Condenados, com o estilo trash de filmes B e seus personagens caricatos e, muitas vezes, estereotipados. Em todas as cenas em que aparecem, as câimbras em nosso abdômen são incontroláveis. Rir é pouco. No lado nazista, o antagonista de Raine, o coronel Hans Land, interpretado por Christoph Waltz, é tão ridiculamente risível que chegamos a ter simpatia por ele. Um belo trabalho de Waltz - ganhador da Palma de Ouro em Cannes por esse papel.

Empregando fatos da realidade para usar e abusar de ficção, Tarantino prova ser realmente um mestre na arte de entreter. Exagerado e controverso, ele conseguiu fazer uma sincera homenagem ao cinema e aos grandes mestres do calibre de Sergio Leone e Sam Peckimpah extraindo brilhantes performances para ilustrar mais um fruto de sua doentia, exagerada, esquizofrênica e rotulada imaginação.
Para assistir o trailer é só clicar no título, vão gostar, garanto. *****

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